Estratégia - Karto

Um jogo para 2 jogadores.

Objectivo
O objectivo do jogo é apoderar-se da bandeira do adversário, transportada pelo porta-bandeira.
Para esse efeito, cada jogador dispões de um exército de 45 peças classificadas segundo as classes hierárquicas militares, o que permite fixar facilmente o valor das mesmas.
Apesar do nome de “Estratégia”, este jogo não tem a intenção de ser um jogo de guerra, mas simplesmente um exército psicológico de ataque e defesa.
O exército de cada jogador é composto, na ordem decrescente de valor, das seguintes peças:
1 Rei
2 Ricos Homens
2 Infanções
5 Cavaleiros
5 Escudeiros
5 Cavaleiros Vilões
3 Porta-Armadilhas
2 Espiões
4 Besteiros
10 Peões
1 Porta-Bandeira
e
5 Armadilhas

Devem colocar-se estas peças estrategicamente de maneira a que o ataque e a defesa se faça o melhor possível a favor do jogador que as coloca.


Posicionar os Acidentes do Terreno
Os jogadores abrem o tabuleiro de maneira a ficarem como a palavra “Estratégia” voltada para si.
Diante deles ficam dois campos divididos ao meio por duas filas de quadrados de tonalidade mais carregada.
Há seis cartões que representam acidentes de terreno, sendo que em cada jogo só são utilizados três. Um elemento estranho ao jogo ou um dos jogadores escolhidos à sorte, escolherá esses três acidentes de terreno, que posicionará nas duas filas de quadrados de tonalidade mais escura, em locais à sua escolha, de forma que, no pior das hipóteses, cada um só possa ocupar um dos quadrados de qualquer dos lados do jogo e entre eles fique um ou mais quadrados de intervalo.


Posicionar as Peças
Colocam o divisor sobre as linhas de quadrados mais escuros, de maneira a que não vejam o terreno do adversário.
Agora, os jogadores vão colocar 45 peças do seu exército estrategicamente como quiserem, ocupando as casas que desejarem. Em cada quadrado só pode ser colocada uma peça.
As linhas mais escuras dos quadrados não podem ter nenhuma peça até começar o jogo.
Depois de cada jogador ter feito a disposição do seu exército, com a colocação das peças de costas voltadas para o adversário, para que este não conheça o valor de cada peça colocada, será retirado o cartão de divisão, ficando à vista a disposição dos dois exércitos, tirando-se então à sorte, qual o jogador a iniciar o jogo.


Modo de Jogar
Cada jogador pode mover em cada jogada uma ou várias peças em linha recta ou quebrada, três casas, no total.
A deslocação das peças só se pode fazer em linha recta ou quebrada, pelas arestas dos quadrados, em todas as direcções. Somente o Besteiro o pode fazer também pelos vértices dos mesmos.
Quando uma peça cai num quadrado ocupado pelo adversário, ambos têm de revelar a patente da sua peça.
A peça de patente inferior é retirada imediatamente do jogo, ficando o quadrado ocupado pela patente superior. Em caso de patentes iguais as duas peças são retiradas do campo de batalha ficando livre o quadrado onde se deu o encontro.
Há apenas um caso especial. O Rei embora sendo a mais alta patente, tomba diante o Espião, quando é este a ocupar a sua casa. No caso inverso, isto é, quando é o Rei a ocupar a casa do Espião, é este que é retirado do jogo.
O jogador tem sempre de mover as suas peças em três espaços.
Todas as peças, seja qual for o seu valor, excepto o Porta-Armadilhas, tombam quando caiem num quadrado com uma armadilha, que, acentuamos, não pode ser mudada de lugar. Somente o Porta-Armadilhas está em posição de destruir uma armadilha, a qual deve ser retirada do jogo, ficando o seu destruidor no seu lugar.
O Porta-Bandeira tomba diante de todas as peças do adversário.
Uma peça não pode ser mudada mais de cinco vezes entre duas casas.
Nenhuma peça pode passar sobre um acidente de terreno, nem tão pouco ocupá-lo.
No trajecto de uma peça, esta pode passar sobre adversários.
O jogador que conseguir liquidar o Porta-Bandeira do adversário, ganha o jogo.

Um jogo muito difícil de encontrar e que há muito queria que fizesse parte da minha colecção. Quando era mais jovem não tive oportunidade de o comprar, porque também não tinha conhecimento da sua existência, e foram daqueles jogos que não ficaram registados na minha memória.
Quando tive conhecimento da sua existência, fiz tudo para tentar adquiri-lo, procurando-o nos vários sites da net de compra/venda de raridades dos anos 70-90. Felizmente que consegui obter um exemplar do jogo. Apesar do seu interior estar em bom estado, a caixa do jogo teve de ter um tratamento de reparação e restauro.
O Estratégia é um jogo interessante, ao estilo de jogos como o Xadrez e o Stratego . Temos de planear muito bem, o posicionamento inicial das nossas peças, nomeadamente a peça do “Porta-Bandeira”. Quando perdemos esta peça, perdemos o jogo. Pelo que devemos guardar, proteger e esconder muito bem esta peça. Para esse efeito, as armadilhas são uma boa ajuda. Mas atenção, para além de um bom posicionamento destas peças, temos de fazer com que passem despercebidas do nosso adversário, para evitar que este consiga detectar a sua localização e faça um ataque com as suas peças de “Porta-armadilhas”.
O Rei pode eliminar todas as peças adversárias, menos o “Espião”. Esta é a única peça que vence o Rei.
O “Besteiro” é a única peça que pode movimentar-se na diagonal, ou seja, pode mover-se em todas as direcções. Mas cuidado ao fazeres um movimento na diagonal estás a identificar a peça, ficando assim mais vulnerável a aos ataques do teu adversário.
O Estratégia é um jogo que deve fazer parte de qualquer colecção de jogos de tabuleiro. É mais um bom jogo de qualidade da Karto. Apesar dos anos que tem, este jogo continua bem actual, podendo rivalizar com qualquer jogo acabado de editar no mercado de jogos de tabuleiro.


Originalidade/Criatividade









8
Mecânica/Regras









8
Componentes/Artwork









6
Jogabilidade/Interacção









9
Valor Nostálgico/Coleccionismo










10
Apreciação Global
8,2